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segunda-feira, 26 de março de 2012
231 e 232 - Questões Período Regencial
O gabarito será postado na semana que vem.
PERÍODO REGENCIAL
1)
Ufsc/2009
Em
2008 a colônia japonesa no Brasil comemorou seu centenário em terras
brasileiras.
Em relação aos
imigrantes japoneses no Brasil, é CORRETO afirmar que:
(01) chegaram ao
Brasil em 1908, numa época em que o governo brasileiro se empenhava na política de valorização do café e no
estímulo à imigração.
(02) os imigrantes
japoneses fixaram-se majoritariamente no
estado de São
Paulo, dedicando-se principalmente à indústria, que dava seus primeiros
passos e necessitava de mão-de-obra especializada.
(04) o primeiro
grupo de imigrantes japoneses desembarcou no porto de Santos, iniciando sua
vida econômica no Brasil em atividades essencialmente agrícolas.
(08) passados
cem anos após o início da imigração japonesa no Brasil, verifica-se o caminho
contrário. Muitos brasileiros, descendentes de japoneses, emigraram para o
Japão, pois os laços familiares favorecem a sua fixação naquele país.
(16) os japoneses
radicados no Brasil, mesmo
sendo oriundos de um dos países que formavam o "eixo" durante
a IIa Guerra Mundial, não tiveram qualquer problema, assim como os alemães e
italianos, por exemplo, durante a política nacionalizadora de Getúlio Vargas.
(32) a imigração
japonesa favoreceu de
modo especial a
instalação da indústria automobilística no Brasil, com
montadoras tais como Honda e Toyota.
Soma:
___________
2)
Ufc/2009
O
Ato Adicional, decretado no período das regências no Brasil pela Lei n¡. 16, de
12 de agosto de 1834, estabeleceu algumas modificações na Constituição de 1824.
Acerca dessas alterações, assinale a alternativa correta.
a) O Conselho de
Estado foi reorganizado para que fosse possível conter os conflitos
provinciais.
b) Os
presidentes provinciais passaram a ser eleitos e a ter o poder de aprovar leis
e resoluções referentes ao controle dos impostos.
c) O
estabelecimento da Regência Una, ao invés da Regência Trina, significou a
eleição de um único regente, com mandato até a maioridade de D. Pedro II.
d) As
assembléias legislativas provinciais foram criadas para proporcionar autonomia
política e administrativa às províncias no intuito de atender às demandas
locais.
e) A Corte, com
sede no Rio de Janeiro, por meio da aliança entre progressistas e regressistas,
continuou centralizando as ações em defesa da Constituição de 1824.
3)
Fuvest/2009
"Nossas
instituições vacilam, o cidadão vive receoso, assustado; o governo consome o
tempo em vãs recomendações... O vulcão da anarquia ameaça devorar o Império:
aplicai a tempo o remédio." Padre
Antonio Feijó, em 1836.
Essa reflexão
pode ser explicada como uma reação à:
a) revogação da
Constituição de 1824, que fornecia os instrumentos adequados à manutenção da
ordem.
b) intervenção
armada brasileira na Argentina, que causou grandes distúrbios nas fronteiras.
c) disputa pelo
poder entre São Paulo, centro econômico importante, e Rio de Janeiro, sede do
governo.
d) crise
decorrente do declínio da produção cafeeira, que produziu descontentamento
entre proprietários rurais.
e) eclosão de
rebeliões regionais, entre elas, a Cabanagem no Pará e a Farroupilha no sul do
país.
4)
Ufrgs/2008
Considere
as seguintes afirmações sobre o processo histórico da Guerra dos Farrapos.
I - A oposição
de estancieiros e charqueadores ao Império foi motivada pela elevada tributação
do charque gaúcho e da importação de sal, que beneficiava a importação do
charque platino.
II - O poderio
militar dos farroupilhas, sustentado pelos armamentos provenientes dos Estados
Unidos, foi demonstrado ao Império nos combates de Fanfa, Batovi e Porongos.
III - A Paz de
Poncho Verde, em 1845, permitiu ao Império o apoio militar da Província e o uso
de seu território como base de operações para enfrentar os conflitos com o
Prata, que se avizinhavam.
Quais estão
corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e
II.
c) Apenas I e
III.
d) Apenas II e
III.
e) I, II e III.
5)
Unicamp/2007
“Iniciada
como conflito entre facções da elite local, a Cabanagem, no Pará (1835-1840),
aos poucos fugiu ao controle e tornou-se uma rebelião popular. A revolta
paraense atemorizou até mesmo liberais como Evaristo da Veiga. Para ele,
tratava-se de gentalha, crápula, massas brutas. Em outras revoltas, o conflito
entre elites não transbordava para o povo. Tratava-se, em geral, de províncias
em que era mais sólido o sistema da grande agricultura e da grande pecuária.
Neste caso está a revolta Farroupilha, no Rio Grande do Sul, que durou de 1835
a 1845”.
(Adaptado de José Murilo de Carvalho.
"A construção da ordem: a elite imperial. Teatro de sombras: a política
imperial". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 252-253.)
a) Segundo o texto, o que diferenciava a
Cabanagem da Farroupilha?
b) Quais os significados das revoltas
provinciais para a consolidação do modelo político imperial?
c) O que levava as elites agricultoras e
pecuaristas a se rebelarem contra o poder central do Império?
6)
Unesp/2007
Sobre as
revoltas do Período Regencial (1831-1840), é correto afirmar que:
a) indicavam o
descontentamento de diferentes setores sociais com as medidas de cunho liberal
e antiescravista dos regentes, expressas no Ato Adicional.
b) algumas, como
a Farroupilha (RS) e a Cabanagem (PA), foram organizadas pelas elites locais e
não conseguiram mobilizar as camadas mais pobres e os escravos.
c) provocavam a
crise da Guarda Nacional, espécie de milícia que atuou como poder militar da
Independência do país até o início do Segundo Reinado.
d) a Revolta dos
Malês (BA) e a Balaiada (MA) foram as únicas que colocaram em risco a ordem
estabelecida, sendo sufocadas pelo Duque de Caxias.
e) expressavam o
grau de instabilidade política que se seguiu à abdicação, o fortalecimento das
tendências federalistas e a mobilização de diferentes setores sociais.
7)
Ufpi/2007
Leia
o texto a seguir.
"As
revoltas do período regencial não se enquadram em uma moldura única. Elas
tinham a ver com as dificuldades da vida cotidiana e as incertezas da
organização política, mas cada uma delas resultou de realidades específicas,
provinciais ou locais".(Boris Fausto. "História do
Brasil". São Paulo: EDUSP, 2001, p.164)
A partir desse
texto e dos seus conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre a Balaiada
no Piauí.
a) Iniciou-se em
Pernambuco e atingiu o Piauí em virtude das disputas entre as elites das duas
províncias.
b)
Caracterizou-se por uma forte presença de grandes proprietários rurais que
exigiam o retorno do imperador D. Pedro I.
c) Foi um
movimento dos criadores de gado e grandes comerciantes em defesa do
federalismo, da república e do fim da escravidão.
d) Foi uma
revolta organizada por pequenos produtores rurais em defesa da religião
católica, que julgavam ameaçada pelo protestantismo.
e) Envolveu
muitos elementos provenientes das classes populares e teve como uma das causas
a insatisfação da população com o recrutamento militar obrigatório.
8)
Unifesp/2007
Como elemento
comum aos vários movimentos insurrecionais que marcaram o período regencial
(1831-1840), destaca-se
a) a oposição ao
regime monárquico.
b) a defesa do
regime republicano.
c) o repúdio à
escravidão.
d) o confronto
com o poder centralizado.
e) o boicote ao
voto censitário.
231 e232 - Gabarito das questões de vestibular - Brasil Primeiro Reinado.
GABARITO - BRASIL – PRIMEIRO REINADO
1. A organização do Estado
brasileiro que se seguiu à independência resultou do projeto do grupo:
a) liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional,
a integridade territorial e o regime centralizado;
b) maçônico, que pregava a
autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão;
c) liberal-radical, que
defendia a convocação de uma Assembléia Constituinte, a igualdade de direitos
políticos e a manutenção da estrutura social;
d) cortesão, que defendia
os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo
econômico;
e) liberal-democrático,
que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica.
2. Assinale a alternativa
verdadeira a respeito das determinações da Constituição Brasileira de 1824.
a) Foi elaborada por uma
assembléia escolhida pela elite agrária e determinava o regime de voto
censitário, apelidada Constituição da Mandioca;
b) Foi elaborada por uma
assembléia escolhida pela elite agrária e determinava a transição gradual do
regime monárquico para o republicano;
c) Foi imposta ao povo e determinava a clássica
divisão do poder em três instâncias: executivo, legislativo e judiciário,
sobrepondo a eles um quarto poder – o moderador;
d) Foi imposta, temporariamente,
ao povo e determinava o regime de monarquia parlamentar, exercido pelo
imperador D. Pedro I e auxiliado por deputados escolhidos pelo voto.
e) Foi imposta pela
assembléia e determinava a vigilância do poder real e o sistema de padroado, através
do que o imperador devia obedecer, fielmente, à orientações dos bispos
católicos.
3. Durante o processo de
formação do Estado Nacional brasileiro (século XIX), muito se discutiu sobre a
distância entre o Brasil ideal, europeu e branco, imaginado pelos intelectuais
e políticos do período, e o Brasil real, periférico e mestiço, herança da
colônia e da escravidão. Como decorrência teórica deste contraste, vindo mesmo
a marcar profundamente a cultura brasileira, podemos assinalar:
a) a conciliação entre os
mais ricos e os mais pobres como prática comum da política, desde os tempos da
colônia e da escravidão;
b) a consciência
revolucionária do povo brasileiro, expressada em inúmeras ocasiões, que impede
as ditaduras e as arbitrariedades dos organismos estatais;
c) o mito da democracia racial, da benevolência das
elites e do passado de paz e harmonia entre os brasileiros, que veio a
constituir-se na crença sobre o caráter pacífico e conformado do povo
brasileiro;
d) a consciência cívica da
população, expressada nos momentos eleitorais, em que prevalece invariavelmente
a preferência pelo voto ideológico, isto é, recusando os favores, os currais e
a mercantilização do voto.
e) todas as alternativas
se complementam.
4. Usando o direito que a
Constituição me concede, declaro que hei de muito voluntariamente abdicado na
pessoa de meu muito amado e prezado filho o Sr. D. Pedro de Alcântara. Boa
Vista – 7 de abril de 1831, décimo da independência e do Império – D. Pedro I.
Nesses termos, D. Pedro I
abdicou ao trono brasileiro no culminar de uma profunda crise, que não se
caracterizou por:
a) antagonismo entre o
imperador e parte da aristocracia rural brasileira;
b) empréstimos externos
para cobrir o déficit público, gerado, em grande parte, pelo aparelhamento das
forças militares;
c) aumento do custo de
vida, diminuição das exportações e aumento das importações;
d) pressão das elites coloniais que queriam o fim do
império e a implantação de uma república nos moldes dos Estados Unidos;
e) conflitos entre o
Partido Brasileiro e o Partido Português e medo da recolonização.
5. A opção pelo regime
monárquico no Brasil, após a independência, pode ser explicada:
a) pela atração que os
títulos monárquicos exerciam sobre os grandes proprietários rurais;
b) pela crescente popularidade
do regime monárquico entre a elite colonial brasileira;
c) pela pressão das
oligarquias aliadas aos interesses da Inglaterra e pela defesa da entrada de
produtos manufaturados;
d) pelo temor dos ideais
abolicionistas defendidos pelos republicanos nas Américas;
e) pelas transformações ocorridas com a instauração da
corte portuguesa no Brasil e pela elevação do país a Reino Unido.
01.
(Cesgranrio) A concretização da emancipação política do Brasil, em 1822, foi
seguida de divergências entre os diversos setores da sociedade, em torno do
projeto constitucional, culminando com o fechamento da Assembléia Constituinte.
Assinale
a opção que relaciona corretamente os preceitos da Constituição Imperial com as
características da sociedade brasileira.
a)
A autonomia das antigas capitanias atendia aos interesses das oligarquias
agrárias.
b) O poder moderador conferia ao
imperador a proeminência sobre os demais poderes.
c)
A abolição do Padroado, por influência liberal, assegurou ampla liberdade
religiosa.
d)
A abolição progressiva da escravidão, proposta de José Bonifácio, foi uma das
principais razões da oposição ao imperador D. Pedro l.
e) A introdução do
sufrágio universal permitiu a participação política das camadas populares,
provocando rebeliões em várias partes do país.
02. (Vunesp) "O
quadro político O evidentemente alterado com a nova ordem: quem fazia oposição
ao governo se divide em dois grandes grupos – o dos moderados, que estão no
poder; os exaltados, que sustentam teses radicais, entre elas a do federalismo,
com concessões maiores às Províncias. Outros, deputados, senadores,
Conselheiros de Estado, jornalistas... permanecem numa atitude de reserva, de
expectativa crítica. Deles, aos poucos surgem os restauradores ou
caramurus."
(IGLÉSIAS, Francisco. Brasil,
sociedade democrática.) O texto refere-se à nova ordem decorrente
a) da elaboração da
Constituição de 1824.
b) do golpe da maioridade.
c) da renúncia de Feijó.
d) da abdicação de D. Pedro I.
e) das revoluções liberais
de 1824.
03. (UFSM-RS) Em novembro
de 1823, D. Pedro I fechou a Assembléia Constituinte. Em março do ano seguinte,
outorgou uma Carta Constitucional à nação. Os liberais protestaram devido ao
fato de o imperador haver:
a) desconsiderado o problema da escravidão;
b) desrespeitado a representação
dos cidadãos, na figura dos deputados constituintes;
c) assegurado a
representação política e a necessidade do diálogo entre as forças políticas da
nação;
d) negado a tradição
absolutista e o centralismo do Estado imperial;
e) respeitado a autonomia
dos grupos dominantes nas diversas províncias do Império.
04. (Vunesp) “Brasileiros!
Salta aos olhos a (...) perfídia, são patentes os reiterados perjuros do
imperador, e está conhecida a nossa ilusão ou engano em adotarmos um sistema de
governo defeituoso em sua origem e mais defeituoso ainda em suas partes
componentes. As constituições, as leis e todas as instituições humanas são
feitas para os povos e não os povos para elas. Eia, pois, brasileiros, tratemos
de constituir-nos de um modo análogo às luzes do século em que vivemos (...),
desprezemos as instituições oligárquicas, só cabidas na encanecida Europa."
(Manifesto dos revolucionários da Confederação do Equador, 1824.)
Com base no texto indique;
a)
o tipo de governo
qualificado como “defeituoso";
Monarquia
b)
o sistema de
governo proposto pelos revoltosos.
Republicano
quinta-feira, 8 de março de 2012
211 e 212 "Pré - História" (resumo e questionario)
Pré-História
1. CONCEITO:
- É o período que vai do surgimento do homem até a invenção da escrita.
-> este conceito não leva em consideração que a pré-história não acabou nessa época (4.000a.C) para todos os povos e que, ainda hoje, existem povos vivendo na pré-história. Ele é válido apenas para a região do Oriente Médio (ou Oriente Próximo).
- É o período em que se observa o surgimento do Homem e sua evolução biológica e cultural.
- É uma fase na evolução de todos os povos.
2. CRÍTICA AO TERMO PRÉ-HISTÓRIA:
- O termo pré-história transmite a falsa impressão de que houve um período em que mesmo existindo homens não houve história.
- leva em consideração como marco para o início da História a invenção da escrita e não a atuação do Homem como ser histórico.
3. A ORIGEM DO HOMEM:
· Evolucionismo:
- Charles Darwin: seleção natural e primata (pongídeos e hominídeos)
4. A PERIODIZAÇÃO DA PRÉ-HISTÓRIA:
+ baseada numa visão evolucionista do processo histórico.
· Paleolítico.
· Mesolítico.
· Neolítico.
· Idade dos Metais.
5. OS ANCESTRAIS DO HOMEM:
- Australopithecus.
- Homo Habilis.
- Pithecanthropus erectus (homem de Java).
- Homo pekinensis (homem de Pequim).
- Arcantropinos.
- Homo Neanderthalensis.
- Homo heidelbergensis.
- Homo de Grimalde.
- Homo de Cro-Magnon.
6. PALEOLÍTICO:
· Idade da Pedra Lascada
+ regime de comunidade primitiva
- atividades econômicas: caça, pesca e coleta de frutos, raízes e ovos.
- instrumentos rudimentares feitos de ossos, madeiras ou lascas de pedra (sílex): raspadores, furadores.
- nomandismo.
- bandos.
- domesticação (controle) do fogo.
- habitação: cavernas, copa de árvores ou choças feitas de galhos.
- propriedade coletiva das terras, águas e bosques.
- igualdade social.
- ocupação da África à Europa, da Ásia à América e à Austrália.
- invenção do arco e da flecha.
- pintura rupestre.
- sepultamento dos corpos.
- magia.
- mesolítico: início da formação de aldeias e da sedentarização, além do início da agricultura.
7. NEOLÍTICO:
· Idade da Pedra Polida
+ Revolução Neolítica ou Agrícola
* Agricultura: cultivo de plantas.
* Pecuária: criação (domesticação) de animais.
- importância da mulher.
- aldeias.
- sedentarização.
- aumento da população.
- cerâmica.
- tecelagem.
- metalurgia.
* Idade dos Metais: dissolução das comunidades neolíticas
- cobre, bronze e ferro.
- produção de excedente.
- aumento da população.
- armas.
- desigualdade social.
- propriedade privada.
- Estado.
- escrita.
- Civilização: sociedades baseadas no regime de servidão coletiva, de Estado absoluto (sociedades asiáticas: Egito e Mesopotâmia); e sociedades escravistas (Grécia e Roma).
PRÉ-HISTÓRIA DA AMÉRICA - (A AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA)
1. O POVOAMENTO DA AMÉRICA:
- os habitantes da América pré-colombiana não são naturais do continente, mais oriundos de outras regiões.
· Hipóteses do Povoamento da América: origem étnica
+ Autoctonismo: os primeiros habitantes da América seriam originários da própria América.
- Florentino Ameghino: estudioso argentino.
+ Aloctonismo: os primeiros habitantes da América foram oriundos de outros continentes.
- Corrente Australiana: Pacífico-América do Sul.
- Corrente Malaio-polinésia: Pacífico-América do Sul.
- Corrente Asiática: mediante migrações (pequenos grupos nômades paleolíticos a procura de melhores caças) diversas atingiram a América através do Estreito de Bering -> Bering (Ásia)-Alasca (América) -> povoamento da América no sentido norte-sul.
- não se pode descartar outras possibilidades, também associadas ao Estreito de Bering, como vindos da Austrália e da Malaio-polinésia, usando como escala as inúmeras ilhas existentes: estas sucessivas ondas migratórias podem justificar a diversidade cultural e lingüística (2.500 línguas diferentes) da América Pré-colombiana.
- o povoamento da América pré-colombiana teria iniciado por volta de 50.000 a.C.
- Estreito de Bering: a proximidade entre os dois continente (Ásia-América) e o recuo e congelamento das águas (glaciação) teriam facilitado a passagem.
- incógnitas: ultimamente tem aparecido evidências de presença humana muito antigas (acima de 50.000 anos) na América do Sul (ainda em fase de estudo e reconhecimento internacional) provocando inúmeras polêmicas.
· Sítios Arqueológicos:
- Old Crow (Canadá): 30 000/40 000
- El Cedral (México): 33 300
- Tlapacoya (México): 21 000
- Monte Verde (Chile): 33 000
2. PRÉ-HISTÓRIA:
· Paleolítico (50.000-7000a.C):
- caça, pesca e coleta de alimentos.
· Neolítico (7000a.C.-1492d.C.):
- cultivo de diversas plantas (algodão, abacate, pimenta, abóbora, feijão, milho, batata, mandioca, etc.).
- domesticação de vários animais (lhama, peru, abelhas, etc.).
- principalmente no México e no Peru.
- cerâmica.
-> a evolução do paleolítico para o neolítico não ocorreu em todas as tribos.
· População:
- irregularmente distribuída pelo continente e em diferentes estágios de desenvolvimento.
- não conhecia o ferro, o vidro, a pólvora e não empregava a roda.
· Estágios Culturais:
+ Estrutura Primitiva (paleolítica):
- nômades e viviam da caça e da pesca.
- os esquimós (América do Norte), os charruas (Uruguai), os tapuias, xavantes e timbiras (Brasil).
+ Sedentários (neolíticos):
- vida sedentária: aldeias.
- agricultura.
- pueblos (América do Norte), os caribes e aruaques (Antilhas e norte da América do Sul), tupis-guaranis (Brasil).
+ Civilizações: Maias, Astecas e Incas
- avançadas tecnologicamente.
- sofisticada organização sociocultural.
- concentração populacional: crescimento demográfico.
- agricultura neolítica.
- urbanização
- divididas em classes sociais.
- Estado estruturado e dominador, que impunha tributos.
- América Central (meso-américa) : maias e astecas.
- Andes (andina central) : incas.
PRÉ-HISTÓRIA DO BRASIL
CONCEITO:
- todo período anterior a 1500, ano da chegada dos portugueses no Brasil.
VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS:
- São restos arqueológicos de uma comunidade humana preexistente.
· Tipos:
+ montes de conchas (sambaquis ou concheiros).
+ potes de barro.
+ utensílios de pedra lascada e polida.
+ pinturas rupestres.
SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS:
- conjunto de vestígios arqueológicos localizados em determinada região.
· Sítios arqueológicos de litoral:
*Sambaquis:
- proximidade de mar ou de rio.
- resultado a ocupação progressiva de uma determinada área por comunidades diversas.
- restos de alimentos, cabanas, fogueiras, artefatos, fósseis (esqueletos).
- os sepultamentos eram feitos sob a cabana, sem nenhum recipiente para abrigar os cadáveres.
- sedimentação.
· Sítios arqueológicos de interior:
* Sítios Cerâmicos:
- potes de barro, pedaços de cerâmica, tigelas, vasilhas, urnas funerárias (com esqueletos em seu interior).
* “cemitérios de índios”
* Sítios Líticos:
- machadinhas, lascas, moedores, polidores, pontas de flecha, pilões.
-> os sepultamentos eram feitos em urnas funerárias (potes de cerâmica) fora das cabanas, mas dentro da aldeia.
· Arte rupestre:
+ pinturas rupestres
- figuras humanas, animais, objetos e sinais (motivos geométricos).
- cores e branco e preto.
- paredões rochosos ao ar livre.
- interior das grutas ou cavernas.
- função mágico-religiosa: magia simpática -> visão cosmológica.
· Sítios Arqueológicos:
+ Toca (Boqueirão) da Pedra Furada.
- Parque Nacional da Serra da Capivara.
- Município de São Raimundo Nonato (PI).
- Niède Guidon e Fábio Parente: arqueólogos.
- pinturas rupestres, pedras lascadas e restos de fogueiras; sem material ósseo humano.
- datação: mais de 56 mil anos (?!): polêmica internacional.
+ Toca da Esperança
- Município de Central (BA).
- Maria Beltrão: arqueóloga.
- pinturas rupestres, artefatos ósseos e líticos e fogueiras; sem material ósseo humano.
+ Lagoa Santa (MG)
- Gruta do Sumidoro.
- Peter Lund.
- fósseis humanos.
- datação: 12 mil anos.
01. I. A arte nasceu no Paleolítico Superior.
II. Nas paredes de suas
cavernas, os homens daquela época fizeram representações de cenas de caça.
III. A característica dessas
pinturas era o naturalismo.
a)Apenas I e II são corretas
b)Apenas I e III estão corretas
c)Apenas I e III estão corretas
d)Se todas estão corretas
e)Todas estão incorretas
02. I. As civilizações
pré-históricas não se desenvolveram no mesmo período de tempo, nas várias
regiões do mundo.
II. A divisão da
Pré-História não pode fundamentar-se em acontecimentos, mas nos melhoramentos
das técnicas com que eram fabricados os instrumentos.
III. Os monumentos
megalíticos estariam associados ao culto dos mortos.
a)Apenas I e II estão corretas
b)Apenas II e III estão corretas
c)Apenas I e III estão corretas
d)Todas estão corretas
e)Todas estão incorretas
03. I. Traços esquematizados são
características da pintura neolítica.
II. Entre os monumentos
megalíticos, destacamos os de Stonehege (Inglaterra).
III. As pedras fincadas no
chão são denominadas cromlech e, quando estão dispostas em círculos, denominam-se
menires.
a)Apenas I e II são corretas
b)Apenas I e III estão corretas
c)Apenas I e III estão corretas
d)Se todas estão corretas
e)Todas estão incorretas
04. "A partir de 18.000 a.
C., com o fim da última Idade do Gelo, algumas regiões da Terra começaram a
conhecer um processo regular de transbordamento dos grandes cursos fluviais,
como o Tigre, Eufrates, Nilo, Indo e Amarelo, tornando possível a prática da
agricultura." As civilizações que se desenvolveram ao longo desses rios
formaram no seu conjunto:
a)o modo de produção escravista;
b)o comunitarismo familiar;
c)o feudalismo despótico oriental;
d)o modo de produção asiático;
e)o sistema mercantil escravista.
05. Sobre o surgimento da
agricultura e seu uso intensivo pelo homem, pode-se afirmar que:
a)de todas as invenções fundamentais, a metalurgia e o comércio foram
as que menos contribuíram para o ulterior progresso material do homem;
b)como tantas outras invenções, teve origem na China, de onde se
difundiu até atingir a Europa e, por último, a América;
c)ocorreu no Oriente Próximo (Egito e Mesopotâmia) e daí se difundiu
para a Ásia (Índia e China), Europa e, a partir desta, para a América;
d)foi posterior, no tempo, ao aparecimento do Estado e da escrita;
e)ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente Próximo (Egito e
Mesopotâmia), na Ásia (Índia e China) e na América (México e Peru).
06. Sobre o surgimento da agricultura - e seu uso intensivo pelo homem
pode-se afirmar que:
a)de todas as invenções fundamentais, como a criação de animais, a
metalurgia e o comércio, foi a que menos contribuiu para o ulterior progresso
do homem.
b)como tantas outras invenções, teve origem na China donde se difundiu
até atingir a Europa e, por último, a América.
c)ocorreu no Oriente Próximo ( Egito e Mesopotâmia ) e daí se difundiu
para a Ásia (Ìndia e China), Europa e, a partir desta, para a América.
d)foi posterior, no tempo, ao aparecimento do Estado e da escrita.
e)ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente Próximo ( Egito e
Mesopotâmia), na Ásia (Ìndia e China) e na América.
07. "De um estado de
barbárie homogêneo e mais ou menos estático, vai nascer a complexidade de
aspectos do mundo moderno. Esta transformação, de consideráveis conseqüências,
foi extraordinariamente rápida e começou
durante o quarto milênio a. C. Longe de ser geral, ela se produziu em algumas
regiões onde as condições de vida lhe eram favoráveis. Nessas regiões, a vida do homem modificou-se muito rapidamente,
enquanto na maior parte do mundo o modo de
existência primitivo persistiu durante séculos, talvez milênios."
(J. Hawkes, Histoire de l'Humanité, Ed. UNESCO)
O texto refere-se à fase final do Neolítico, quando o homem desenvolveu
novas técnicas e aprimorou seus
conhecimentos. Identifique as transformações ocorridas nesse período.
a)Surgimento da agricultura e vida urbana.
b)Surgimento da agricultura.
c)Surgimento da vida urbana.
d)Surgimento de um mundo moderno.
08. Estabeleça a relação entre
as revoluções do Período Neolítico e o surgimento do modo de produção asiático.
a)Não há como estabelecer uma relação entre esses períodos.
b)O modo asiático, definido a partir da propriedade particular das
terras, configurou-se no Oriente Médio e
Próximo como produto das Revoluções Agrícola e Urbana, ocorridas no Período
Neolítico.
c)O modo asiático, definido a partir da propriedade estatal das terras
e do poder teocrático, configurou-se no
Oriente Médio e Próximo como produto das Revoluções Agrícola e Urbana,
ocorridas no Período Neolítico.
d)Nenhuma das anteriores estão corretas.
09. Quais os países do Oriente
Médio atual que correspondem às regiões da Antigüidade Oriental, representadas
pela Mesopotâmia, Fenícia, Palestina e Pérsia, respectivamente?
a)Iraque, Líbano, Irã e Israel;
b)Líbano, Israel, Síria e Jordânia;
c)Irã-Iraque, Arábia, Israel e Síria;
d)Iraque, Líbano, Israel e Irã;
e)Israel, Irã, Iraque e Líbano.
10. No período Neolítico, a
sociedade conheceu importantes transformações, exceto:
a)a transição para uma economia coletora, pescadora e caçadora;
b)a utilização dos animais como força complementar à do homem;
c)a passagem do estado de selvageria para o de barbárie;
d)o início do processo de sedentarização;
e)o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio.
01 - D 02 - D 03 - A 04 - D 05 - E
06 - E 07 - A 08 - C 09 - D 10 - A
231 e 232 - Questões sobre indepêndencia do Brasil
Independência do Brasil
OBSERVAÇÃO: Procure estudar esse assunto através da charge
acima.
Questões dissertativas:
1 - Procure interpretar a "charge" de Miguel Paiva, analisando sua versão da Independência do Brasil.
a) pela grande popularidade desse sistema de governo entre os brasileiros.
b) porque a República traria forçosamente a abolição da escravidão, como ocorrera quando da proclamação da independência dos Estados Unidos.
c) como conseqüência do processo político desencadeado pela instalação da corte portuguesa na colônia.
d) pelo fascínio que a pompa e o luxo da corte monárquica exerciam sobre os colonos.
e) em oposição ao regime republicano português implantado pelas cortes.
3- “A independência do Brasil, proclamada em 1822, foi
reconhecida pelos Estados Unidos da América em maio de 1824 e por várias nações
européias até o ano de 1826". Em sua opinião, qual foi a razão dessa
demora e qual a relação que tem com o Congresso de Viena (1815)?
4- A vinda da família real para o Brasil, em 1808, alterou a vida e a dinâmica da colônia, bem como da nobreza, ao transformar o Rio de Janeiro no centro de decisões do Império português.
b) Identifique quem foi favorecido e quem foi prejudicado com a abertura dos portos, decretada por D. João e explique por quê.
5- Leia a declaração. Como é para o bem do povo e
felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico. ("D.
Pedro, Príncipe Regente, 9 de janeiro de 1822".)
a) Qual o significado da decisão tomada pelo Príncipe
Regente?b) Explique o que foi a Revolução do Porto, iniciada em 1820, e aponte suas consequências para a porção americana do Império Português.
Questões objetivas:
01. (UFAL) Entre as causas políticas imediatas da eclosão das lutas pela independência das colônias espanholas da América, pode-se apontar:
a) a derrota de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo;
b) a formação da Santa Aliança;
c) a imposição de José Bonaparte no trono espanhol;
d) as decisões do Congresso de Viena;
e) a invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal e a coroação de D. João VI no Brasil.
02. A independência do Brasil e das colônias espanholas na América tiveram como elemento comum:
a) as propostas de eliminação do regime escravista imposto pela metrópole;
b) o caráter pacífico, uma vez que não ocorreu a fragmentação política do antigo bloco colonial ibérico;
c) os efeitos do expansionismo napoleônico, responsável direto pelo rompimento dos laços coloniais;
d) o objetivo de manter o livre-comércio, como um primeiro passo para desenvolver a industrialização na América;
e) a efetiva participação popular, uma vez que as lideranças políticas coloniais defendiam a criação de Estados democráticos na América.
03. (MACKENZIE) O processo de independência do Brasil caracterizou-se por:
a) ser conduzido pela classe dominante que manteve o governo monárquico como garantia de seus privilégios;
b) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o quadro social imediatamente após a independência;
c) evitas a dependência dos mercados internacionais, criando uma economia autônoma;
d) grande participação popular, fundamental na prolongada guerra contra as tropas metropolitanas;
e) promover um governo liberal e descentralizado através da Constituição de 1824.
04. A maior razão brasileira para romper os laços com Portugal era:
a) evitar a fragmentação do país, abalado por revoluções anteriores;
b) garantir a liberdade de comércio, ameaçada pela política de recolonização das Cortes de Lisboa;
c) substituir a estrutura colonial de produção e desenvolver o mercado interno;
d) aproximar o país das repúblicas platinas e combater a Santa Aliança;
e) integrar as camadas populares ao processo político e econômico.
05. A respeito da independência do Brasil, pode-se afirmar que:
a) consubstanciou os ideais propostos na Confederação do Equador;
b) instituiu a monarquia como forma de governo, a partir de um amplo movimento popular;
c) propôs, a partir das idéias liberais das elites políticas, a extinção do tráfico de escravos, contrariando os interesses da Inglaterra;
d) provocou, a partir da Constituição de 1824, profundas transformações nas estruturas econômicas e sociais do País;
e) implicou na adoção da forma monárquica de governo e preservou os interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos.
06. (UCSAL)
I. Aparecimento do capitalismo industrial em substituição ao antigo e decadente capitalismo comercial.
II. Tradução em dois planos do processo capitalista: abertura das áreas coloniais à troca internacional e eliminação do trabalho escravo.
III. Transferência da família real para o Brasil e abertura dos portos.
Os itens acima sintetizam algumas razões que respondem, no Brasil, pela:
a) eliminação da importação
b) decadência da mineração
c) colonização portuguesa
d) independência política
e) expansão territorial
07. A respeito da Independência do Brasil, é válido afirmar que:
a) foi um arranjo político que preservou a monarquia como forma de governo e também os privilégios da classe proprietária;
b) as camadas senhoriais, defensoras do liberalismo político, pretendiam não apenas a emancipação política, mas a alteração das estruturas econômicas;
c) foi um processo revolucionário, pois contou com intensa participação popular;
d) o liberalismo defendido pela aristocracia rural apoiava a emancipação dos escravos;
e) resultou do receio de D. Pedro I de perder o poder, aliado ao seu nacionalismo.
08. A Independência do Brasil:
a) rompeu o processo histórico;
b) adaptou a estrutura política do país às conveniências da aristocracia rural;
c) acelerou o processo de modernização econômica;
d) representou um sério golpe na economia escravista;
e) representou um retrocesso político, devido à forma monárquica de governo adotada.
09. O príncipe D. Pedro, na Independência do Brasil, foi:
a) essencial, pois sem ele não ocorreria a independência;
b) figura de fachada, totalmente submisso aos desejos de José Bonifácio;
c) mediador, minimizando os antagonismos entre Brasil e Portugal;
d) manipulado pela aristocracia rural, objetivando realizar a independência com a manutenção da unidade popular;
e) totalmente independente, tomando para si liderança do processo, dando à independência um caráter revolucionário.
10. O processo de emancipação política brasileiro:
a) tendeu a seguir o exemplo da América Espanhola, quer dizer, da Independência da Bolívia, Venezuela e Peru;
b) contou com grande participação popular, principalmente de negros e mulatos do Nordeste, que viviam maior opressão;
c) marginalizou os elementos populares, e manteve as estruturas sociais e econômicas do período colonial;
d) foi completado com o grito do Ipiranga, em 7 de setembro, com a decisiva participação de D. Pedro;
e) somente foi consolidado após um ano de guerra contra Portugal, uma vez que a Metrópole não aceitou a ruptura.
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